Marcos e Layla se encontram para mais uma partida de xadrez. Ele querendo revanche. Ela, distancia. A partida disputada meses atrás ainda estava em sua memória. Não queria estragar sua vitória amarga. Preferia desfrutar dos louros da conquista ambígua. A disputa seria realizada num café qualquer da Zona Norte de Porto Alegre.
O acaso coloca os dois frente a frente, no local mais propenso aos grandes jogadores: a livraria. No momento em que Marcos aproximava-se da entrada, o celular vibra. É uma mensagem de Layla, dizendo que esperava por ele, como quem procura livros. Ao terminar de ler o texto, ele a visualiza em sua frente. Disfarça, como se não tivesse percebido. Mas olha, pensando o quão bela Layla é. Os cabelos, lisos e vermelhos, enalteciam sua pele clara e seus olhos azuis. Distraída e sem perceber que Marcos a rodeava, a jovem contemplava os milhares de títulos da livraria.
- Não poderia haver melhor lugar para te encontrar. – exclamou um Marcos eufórico por uma revanche. Afinal, ele havia assinalado no verso de seu caderno de fotografia tudo o que queria ponderar com Layla durante o embate, bem como todas as novas jogadas que havia treinado.
- Eu estava procurando um livro. – respondeu Layla, com um belo sorriso nos lábios carnudos.
- Há milhares de títulos, dos quais a maioria nunca lerei. Que tal irmos ao nosso passeio? – perguntou Marcos.
- Claro!
Os dois saíram da livraria à procura de um café nas proximidades. Caminharam por cerca de dez minutos, até que finalmente encontraram um lugar aconchegante e que suportasse um tabuleiro de xadrez. Marcos havia trazido seu jogo em sua mochila. O havia guardado cuidadosamente, como quem resolve retirar do cofre um punhado de jóias. Afinal, não era todo dia que passeava com seu precioso tabuleiro de mármore negro.
- O que vão querer? – perguntou a atendente do café.
- Salada de frutas! – respondeu prontamente Layla.
- Tem suco de laranja? – perguntou Marcos, ainda na dúvida se deveria pedir o menu.
- Desculpe, hoje não temos. – respondeu a mulher.
- Então eu vou querer um café.
- Pode ser um cappuccino?
- Claro.
Enquanto aguardavam o pedido, os dois conversavam sobre o tempo que havia se passado desde a última partida de xadrez. Uma conversa trivial, sem mencionar o que mais queriam dizer um ao outro: o motivo que os levara a ficar longe durante o tempo que passou. E mais, o porque estavam distantes.
Em meio a conversa, Marcos resolve abrir a mochila.
- Olha só o que eu trouxe: meu tabuleiro de xadrez. Quer jogar?
- Hoje não. – respondeu Layla, olhando para o vazio.
- Por quê?
- Não estou a fim. Cansei de jogar. Aliás, eu nem sei jogar. Tive sorte da outra vez. – respondeu Layla, com sua mania torpe de agir na defensiva.
- Tudo bem então.
Marcos colocou novamente o tabuleiro na mochila. Nem chegou a retirar as peças. A torre, o bispo, o cavalo e o rei não chegaram a ser postos à mesa. E com eles, guardou todas as coisas que pretendia dizer naquela tarde.
O acaso coloca os dois frente a frente, no local mais propenso aos grandes jogadores: a livraria. No momento em que Marcos aproximava-se da entrada, o celular vibra. É uma mensagem de Layla, dizendo que esperava por ele, como quem procura livros. Ao terminar de ler o texto, ele a visualiza em sua frente. Disfarça, como se não tivesse percebido. Mas olha, pensando o quão bela Layla é. Os cabelos, lisos e vermelhos, enalteciam sua pele clara e seus olhos azuis. Distraída e sem perceber que Marcos a rodeava, a jovem contemplava os milhares de títulos da livraria.
- Não poderia haver melhor lugar para te encontrar. – exclamou um Marcos eufórico por uma revanche. Afinal, ele havia assinalado no verso de seu caderno de fotografia tudo o que queria ponderar com Layla durante o embate, bem como todas as novas jogadas que havia treinado.
- Eu estava procurando um livro. – respondeu Layla, com um belo sorriso nos lábios carnudos.
- Há milhares de títulos, dos quais a maioria nunca lerei. Que tal irmos ao nosso passeio? – perguntou Marcos.
- Claro!
Os dois saíram da livraria à procura de um café nas proximidades. Caminharam por cerca de dez minutos, até que finalmente encontraram um lugar aconchegante e que suportasse um tabuleiro de xadrez. Marcos havia trazido seu jogo em sua mochila. O havia guardado cuidadosamente, como quem resolve retirar do cofre um punhado de jóias. Afinal, não era todo dia que passeava com seu precioso tabuleiro de mármore negro.
- O que vão querer? – perguntou a atendente do café.
- Salada de frutas! – respondeu prontamente Layla.
- Tem suco de laranja? – perguntou Marcos, ainda na dúvida se deveria pedir o menu.
- Desculpe, hoje não temos. – respondeu a mulher.
- Então eu vou querer um café.
- Pode ser um cappuccino?
- Claro.
Enquanto aguardavam o pedido, os dois conversavam sobre o tempo que havia se passado desde a última partida de xadrez. Uma conversa trivial, sem mencionar o que mais queriam dizer um ao outro: o motivo que os levara a ficar longe durante o tempo que passou. E mais, o porque estavam distantes.
Em meio a conversa, Marcos resolve abrir a mochila.
- Olha só o que eu trouxe: meu tabuleiro de xadrez. Quer jogar?
- Hoje não. – respondeu Layla, olhando para o vazio.
- Por quê?
- Não estou a fim. Cansei de jogar. Aliás, eu nem sei jogar. Tive sorte da outra vez. – respondeu Layla, com sua mania torpe de agir na defensiva.
- Tudo bem então.
Marcos colocou novamente o tabuleiro na mochila. Nem chegou a retirar as peças. A torre, o bispo, o cavalo e o rei não chegaram a ser postos à mesa. E com eles, guardou todas as coisas que pretendia dizer naquela tarde.
3 comentários:
Olá! Ótima história...
Te +!
criativo.
O meu blog mudou de endreço mas já estás likado lá
www.pirofagia.wordpress.com
História charmosa, e cheia das mensagens.
Eis a vida..Livros..Capuccinos..E um grande tabuleiro de xadrez!
Que as nossas jogadas sejam as melhores, Peter!
Um capuccino pra ti, hj!
Beijão
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