quarta-feira, 30 de julho de 2008

Ele voltou


Há tempos que ele está louco para voltar a jogar no Inter. Isso o Brasil inteiro já sabia. Mas agora finalmente ocorreu um acerto com a direção. Quatro anos depois, o mais colorado dos jogadores recentes revelados pelo Inter está de volta. Aos 25 anos, o meia-atacante Daniel Carvalho desembarcou nesta madrugada no Aeroporto Salgado Filho. Cerca de 100 torcedores foram prestigiar a volta do ídolo. Ele vem por empréstimo junto ao CSKA até o final do ano.

Daniel Carvalho ainda precisa de 15 dias para entrar em forma. Mas com certeza, quando estiver à disposição do técnico Tite será mais um grande reforço.

A lista da direção colorada não para por aí. D’Alessandro já está a caminho de Porto Alegre. Deve assinar contrato e ser apresentado amanhã para a nação colorada.

Propaganda da Nova Schin é suspensa pelo Conar

O Conselho Nacional de Auto-Regulamentação Publicitária – Conar suspendeu a veiculação de todas as peças publicitárias da Nova Schin. A medida é válida para os anúncios que contenham o slogan “leve e gostosa como nenhuma outra”. Inclui também a retirada imediata dos comerciais de televisão.

Para o Conar, a frase é subjetiva e induz o consumidor a pensar que a Nova Schin é mais gostosa que a dos concorrentes, fato que a cervejaria não pode provar. O processo havia sido julgado em julho. Na época, a suspensão da campanha já havia sido recomendada. A Nova Schin ainda não havia cumprido a determinação, o que deve ocorrer imediatamente, devido à liminar.

A Nova Schin se defende, afirmando que já refez a campanha. O novo comercial vai ao ar no domingo, com o novo slogan: “leve e gostosa”.

A decisão aparece no período em que a Conar impõe dezenas de restrições publicitárias às cervejarias.

quinta-feira, 24 de julho de 2008

A volta do goleador


Inter e São Paulo virou clássico. Desde a final da Libertadores em 2006, a partida entre as duas equipes é sempre sinônimo de um grande duelo. Os mais de 40 mil colorados que foram ao Beira Rio ontem viram a realização de mais um grande jogo.

Candidatos ao título, Inter e São Paulo começam a figurar no lugar que lhes é de direito: a ponta de cima da tabela. A equipe paulista reencontrou seu futebol, depois de um cochilo de alguns jogos. O Inter de Tite, que ocupava a 17ª colocação quando o técnico assumiu, já busca um lugar no G-4. O time vencedor, não conquistaria três pontos, como determina a regra do campeonato. Levaria seis pontos de bandeja, uma vez que seu adversário direto na briga pelo título deixa de pontuar.

Só isso já era digno de um grande confronto. Tite, que a cada rodada mostra ser um grande estrategista, surpreendeu novamente. Escalou Andrezinho no lugar do suspenso Magrão. O colorado entrou vibrante em campo. Jogou como se fosse final de campeonato. A equipe correu tanto, que tinha horas que parecia que corria demais.

Os destaques da partida poderiam ter sido muitos: a velocidade de Taison; a qualidade do passe de Andrezinho; o oportunismo de Alex ou mesmo, a raça do Guiñazú. Mas não, o diferencial do jogo foi ele, Nilmar.

A maioria dos críticos da imprensa gaúcha vinha criticando muito o atacante, em virtude da quantidade de gols que ele vinha perdendo. Gols incríveis como o que ele perdeu contra o Náutico. Ou daqueles muitos em que ele driblou o goleiro e bateu fraquinho, possibilitando a chegada do zagueiro. Muitos aliás, já o tinham condenado à aposentadoria, devido às constantes lesões que sofreu desde seu retorno ao Inter e a cirurgia nos joelhos.

Mas o Nilmarzinho está de volta. Provando a cada jogo que é digno de vestir a camisa do Inter, que a direção fez certo ao apostar em seu retorno. Aos poucos, o atacante foi readquirindo a confiança, ritmo de jogo.

Com a chegada de Tite, Nilmar tornou-se referência do time. O treinador montou um esquema de jogo que o favorece. E como velocidade é com ele, os resultados começam a aparecer. Ontem, o Internacional venceu o São Paulo por 2 a 0, com gols do Nilmar. Ele agora soma 7 gols no Brasileirão, um a menos que o artilheiro do campeonato, o palmeirense Alex Mineiro.

O Inter agora ocupa a sexta posição, a apenas 5 pontos do ainda líder Flamengo. O jogo do Beira Rio marcou a entrada definitiva do colorado na luta pelo título. Ainda mais com os reforços que estão chegando: D’Alessandro, Bolívar, Rosinei, Gustavo Nery e Daniel Carvalho. Mas acima de tudo, a disputa com o São Paulo marcou a volta do goleador, Nilmar.

terça-feira, 22 de julho de 2008

Salvem a Amazônia


Com 37 votos favoráveis, 23 contrários e 3 abstenções, o Senado aprovou dia 9 de julho, o projeto de lei que aumenta o limite da área que pode ser concedida pela União para uso rural, sem processo de licitação, na Amazônia legal. O atual limite é de 500 hectares. A nova lei estabelece até 15 módulos fiscais.

O módulo fiscal é estabelecido para cada município e procura refletir a área mediana dos imóveis rurais daquela região. Em algumas localidades o módulo chega a 100 hectares. Se sancionada, a nova lei vai ampliar a área de regularização, nesses casos, de 500 para 1,5 mil hectares. O Executivo sustenta que a medida tem como objetivos a prevenção, o monitoramento e o controle do desmatamento da Amazônia.

Mas falando sério. Será mesmo que esta lei, se aprovada vai servir para controlar o desmatamento ou para aumentar as áreas de uso? Desde pequeno sempre ouvia na escola aquela história de que em livros norte-americanos aparecia um mapa do Brasil com a Amazônia loteada. Se era verdade, até hoje não sei. Mas pense o que será da maior floresta tropical do mundo se essa lei for sancionada. É a Amazônia loteada.

O que leva 37 senadores a votar a favor de um projeto como este? Com certeza muitos destes, poderão ser vistos futuramente como proprietários de um lote. Se não direta, mas indiretamente.

Faz certo a ex-ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, em condenar o projeto. Ela entende que a aprovação da matéria poderá promover a privatização de florestas públicas e a regularização de terras griladas no passado.

Por favor. Alguém nos ajude. Chamem a Defesa Civil. A Guarda Nacional. O Greenpeace. O Bové. O Bin Laden. Qualquer pessoa. Mas por favor, SALVEM A AMAZÔNIA.

sexta-feira, 18 de julho de 2008

Festival de filmes de celular


A 16 edição do Gramado Cine Vídeo inova e lança o primeiro Festival de Filmes de Celular. O concurso é fruto de uma parceria com a operadora Vivo.

A mostra é pioneira no segmento e é destinada exclusivamente a produções audiovisuais brasileiras realizadas através de aparelhos celulares. Pretende revelar novos talentos e democratizar o acesso à cultura e à tecnologia.

As inscrições acontecem até o dia 22 de julho no site www.cinemanocelular.com.br (
http://www.cinemanocelular.com.br). Cada vídeo poderá ter no máximo três minutos de duração.

O vencedor do Prêmio Vivo de Melhor Vídeo de Celular será escolhido através de um cyber-júri, que vai enviar sua nota por mensagem SMS ou votar no Portal Eu Vivo Cinema. Os filmes também estarão disponíveis no site YouTube.

A final do concurso acontece no dia 15 de agosto, em Gramado, durante o Gramado Cine Vídeo.

O Gramado Cine Vídeo envolve produções de cinema, vídeo e TV. Exibições, palestras, encontros, oficinas e uma série de ações que promovem a inclusão cultural fazem parte da programação. A 16ª edição acontece de 11 a 16 de agosto de 2008, em Gramado.

quinta-feira, 17 de julho de 2008

Carta aprovada no Congresso Brasileiro critica censura

O IV Congresso Brasileiro de Publicidade, realizado em São Paulo, terminou nesta quarta-feira (16). Reuniu 1.500 pessoas, entre publicitários, anunciantes e representantes da mídia, que discutiram o futuro da comunicação no Brasil.

Como resultado, o Congresso apresentou, em seus três dias de evento, críticas a todas as iniciativas de censura à liberdade de expressão comercial. Também foi decidido que a categoria vai apoiar a Frente Parlamentar da Comunicação Social, um movimento que reúne um grupo de mais de 150 deputados e senadores, que será o porta-voz dos interesses da comunicação no país.

Além disso, o presidente da Associação Brasileira de Agências de Publicidade – Abap, Dalton Pastore, apresentou, no encerramento do Congresso Brasileiro, a carta que traduz a tese geral do evento. O documento lido foi aprovado por aclamação.

É resultado do trabalho de 15 comissões, que se aprofundou em temas de grande importância para a indústria da comunicação. As observações têm o intuito de sugerir mudanças nas práticas vigentes e até na formulação de normas e leis para garantir a manutenção e estimular o crescimento dos negócios do setor. A carta também apresenta denúncias e repudias, sempre em defesa da livre iniciativa.

Presença gaúcha

A jornalista e colunista de publicidade da rádio BandNews FM, Ana Cássia Hennrich, que participou do Congresso Brasileiro de Publicidade, fez um balanço positivo do evento. “Fazia 30 anos que a Abap não se reunia para tratar de questões pertinentes à categoria. O congresso reforça o valor das entidades, como a Abap e o Conar. Primeiro quando a Abap resolveu fazer o congresso. Segundo, por reunir em São Paulo 1500 pessoas. Isso é um marco, sem dúvida.”

Para Ana Cássia, o evento foi reforçado pelos temas tratados, qualidade dos painelistas e a presença massiva dos publicitários do Brasil inteiro. O Rio Grande do Sul estava representado por mais de 12 agências gaúchas representadas. “O congresso extrapolou. A presença da jornalista Judith Miller, que falou sobre liberdade de imprensa, mostra que o Congresso tratou não apenas da publicidade, mas da comunicação como um todo. Sem falar no Kofi Annan, que alerta sobre a necessidade de se olhar mais para o meio ambiente.”

Referente à carta aprovada no Congresso, Ana Cássia entende que a partir de agora o compromisso não é só dos publicitários, mas de todos. “Com certeza torço para que seja cumprida a tese levantada na carta aprovada. Que as restrições na produção, censura, comercializações e consumo legal tenham fim.”

Mesmo pensando que nossos representantes nacionais estão em descrédito, Ana Cássia é favorável ao apoio dos publicitários à Frente Parlamentar. “A carta qualifica o apoio à Frente Parlamentar. A classe deve apoiar. Só espero que possamos ter nos representantes pessoas com mais atenção à ética. A instituição está descrente hoje em dia.”

Palestrantes conceituados

O evento contou com palestras de personalidades mundiais, como o ex-secretário geral da ONU, Kofi Annan e, a jornalista norte-americana Judith Miller, vencedora de um prêmio Pulitzer. Em âmbito nacional, fizeram concorridas palestras o presidente do Conselho de Administração do Grupo Abril, Roberto Civita, e o vice-presidente das Organizações Globo, João Roberto Marinho. Civita falou sobre a interdependência entre democracia, liberdade de imprensa e livre iniciativa. Já Marinho criticou as tentativas de cerceamento da liberdade de expressão, da imprensa e da publicidade.

O último Congresso Brasileiro de Publicidade havia sido realizado há 30 anos. Na época foi criado o Conselho de Auto-Regulamentação Publicitária – Conar.

Confira abaixo a íntegra da carta aprovada no Congresso Brasileiro de Publicidade:

A comunicação é uma indústria formada por veículos, agências de todas as disciplinas e fornecedores de serviços, que, em conjunto, têm o dever de fazê-la eficiente e atrativa para os clientes, rentável para as empresas que a compõem e respeitada pela sociedade.
É dever das empresas, inclusive as da indústria da comunicação, a busca da rentabilidade e lucro, resultantes dos serviços que prestam e da justa remuneração recebida por eles, de forma a poder cumprir com todas as suas obrigações empresariais, fiscais, contábeis, sociais, éticas...
... e a poder investir no treinamento e desenvolvimento profissional de seus colaboradores, oferecer a eles os benefícios comuns às empresas prósperas e a poder bem recepcionar novos profissionais formados pelas escolas de comunicação.
O IV Congresso incentiva toda a sociedade ao debate sobre a auto-regulamentação da publicidade no âmbito do CONAR.
O IV Congresso denuncia e repudia:
a) todas as iniciativas de censura à liberdade de expressão comercial, inclusive as bem intencionadas;
b) os formatos e a freqüência das concorrências entre agências e entre fornecedores, que geram desgastes e custos exagerados;
c) os contratos leoninos, resultado do desequilíbrio de forças entre contratantes e contratados, que imputam a agências e fornecedores responsabilidades exageradas e condições injustas.
O IV Congresso defende a livre iniciativa, a liberdade de escolha do consumidor e a liberdade de expressão comercial.
O IV Congresso apóia o Projeto de Lei 3305 de 2008, que reconhece o CENP como entidade certificadora das agências de publicidade e aperfeiçoa as licitações de serviços publicitários no setor público.
O IV Congresso apóia a Frente Parlamentar da Comunicação Social.
O IV Congresso ressalta a importância fundamental da ética para o reconhecimento social da indústria da comunicação e para sua prosperidade econômica, e recomenda a adoção de um código de conduta único para todas as empresas que a compõem.
A publicidade livre e responsável sustenta a liberdade de imprensa, assegura a diversidade das fontes de informação para a sociedade e a difusão de cultura e entretenimento para toda a população.

terça-feira, 15 de julho de 2008

III Festival de Inverno de Porto Alegre com grandes atrações

De 21 a 28 de julho acontece a terceira edição do Festival de Inverno de Porto Alegre. A diversificada programação conta com shows, cursos e um ciclo de cinema. As apresentações ocorrem em diversos teatros da cidade. Entre eles estão o Teatro de Câmara, Teatro Bourbon, Teatro do SESC e Renascença.

Artistas como Jorge Drexler, Jonathan Corrêa, Tedy Correa e Nei Lisboa fazem parte de um total de 17 shows, com dez bandas e 22 solistas que se apresentam durante o festival. Os ingressos para os shows oscilam entre R$ 10,00 e R$ 20,00 e devem ser adquiridos no Centro Municipal de Cultura. Os shows no Teatro de Câmara e no Teatro do SESC serão gratuitos. Para estes, é preciso retirar uma senha uma hora antes dos eventos no local onde acontecerão.

Na Festival há seis cursos de alto nível com especialistas de grandes universidades. Entre eles Voltaire Schilling, Diretor do Memorial do RS, que apresenta o curso Guerra, Revolução e Cultura no século XX. As inscrições para os cursos custam R$ 10,00 e podem ser feitas no Centro Municipal de Cultura de Porto Alegre. As vagas são limitadas.

A palestra com Fernando Morais que acontece dia 26, às 10h, no Teatro Renascença, terá entrada franca, com senhas distribuídas no local. O jornalista vai contar sobre O Fenômeno Paulo Coelho.

O ciclo de cinema vai homenagear o cineasta Cacá Diegues. De 22 a 27 de julho, oito obras suas serão exibidas na Sala P.F. Gastal, da Usina do Gasômetro. Em paralelo serão apresentadas palestras com especialistas de 22 a 25 de julho. A última será com o cineasta em pessoa.

O Brasil Segundo Cacá Diegues é uma oportunidade para conferir obras como Ganga Zumbe (1964), Xica da Silva (1976) e Bye, Bye, Brasil (1979) e O Maior Amor do Mundo (2006).

A ópera de Copstein


Com 144 páginas, o livro editado pela Editora Canadá foi lançado dia 10, em sessão especial na Letras & Cia, em Porto Alegre. Ópera dos Vivos traz episódios vividos, ouvidos ou colhidos nos bastidores do jornalismo por Jaime Copstein.

O livro começa e acaba em Rio Grande, na Gazeta da Tarde, vespertino que possuía quatro páginas, com cerca de 300 exemplares por dia. Com uma técnica semelhante à da ficção, encadeando os fatos como em uma novela, Copstein conta episódios da vida de jornalistas que não tinham contato entre si, mas colecionavam praticamente as mesmas façanhas e atribulações em Rio Grande, Porto Alegre, São Paulo, Rio de Janeiro e Nova York.

Jaime Copstein trabalha em jornal e rádio desde 1943. Trabalhou nos principais veículos de Porto Alegre. Atualmente é colunista do jornal O Sul e apresentador do programa Paredão, na Rádio Pampa.

Novo conceito em propaganda

A empresa de cosméticos O Boticário está investindo R$ 31 milhões em uma campanha publicitária institucional. Através de um comercial com 60 segundos, intitulado “Repressão”, criado pela AlmapBBDO, a campanha retrata o poder da beleza como agente transformador e contagiante.

O comercial apresenta um mundo sem beleza, onde todas as pessoas vestem-se iguais, tendo o cinza como cor predominante. Em cena, mulheres sem qualquer vaidade e com o mesmo corte de cabelo. No desenrolar do comercial, aparecem mulheres cortando o salto de seus sapatos e depois o narrador questiona: “Não seria bom viver em um mundo sem vaidade? Imagine um mundo onde a beleza não é valorizada? Não seria bom viver nesse mundo?”.

Na seqüencia, uma menina encontra uma caixa com um batom, em um local abandonado. Ao usá-lo, ela retorna à rua, surpreendendo todas as mulheres. Diante disso, o locutor conclui: “Não, não seria” e apresenta o novo slogan da marca: “O Boticário. Acredite na beleza.”

Para o professor de publicidade da Unisinos, Sérgio Trein, o comercial não apresenta grandes novidades, mas possui uma história que é interessante. “Normalmente os comerciais fazem a depreciação das mulheres. Apresentam o antes e o depois. Neste aspecto, o anúncio de O Boticário pressupõe que todas as mulheres são iguais. Todas são lindas, com um padrão de beleza. E a cereja do bolo é o batom. A mulher que era linda passa a ter o conceito de maravilhosa, porque usa o produto da empresa. Uma nova forma de se empregar o antes e o depois”.