Não é de hoje que a música brasileira está em crise. É notória a diminuição da qualidade musical. O que faz sucesso na mídia atualmente? A década de 1990 foi marcada pela consolidação das bandas de rock. Grupos como Nenhum de Nós, Papas da Língua, Reação em Cadeia e Cidadão Quem trazem em suas letras um pouco de cultura, expressadas nas melodias. A Comunidade Nin-Jitsu faz uma mistura de rebeldia com consciência. A “mensagem” que passam tramita muito nos dois eixos.
Mas nada se compara com o que predomina a mídia atualmente. A primeira década do século XXI está sendo marcada pelo crescimento do funk. As gravadoras lançam a cada dia um novo single. Não pensem que odeio funk. Ao contrário. Curto bastante o estilo. Mas o funk em sua origem, na essência. Não estes que tomam conta das rádios e festas hoje em dia.
Qual a cultura que estes grupos musicais inserem na já caótica sociedade brasileira? Pouco eu diria. A banalização da música é o que faz sucesso. Quanto mais bizarra, melhor.
Semana passada, assisti a um show do Teatro Mágico. Só conhecia a banda de nome. Diziam que era bom, mas nunca cheguei a procurar ouvir. Talvez por desinteresse. Ou quem sabe movido pelo impulso que diz que só o que toca na mídia é bom. Sei lá.
Mas para minha grande surpresa, o Teatro Mágico não é apenas mais uma banda buscando seu espaço. É também cultura. Criada há cinco anos, o grupo é a união da música com a poesia. Sem contar a qualidade musical que une no palco violino, sax, guitarra, baixo e bateria. Em suas canções, letras que buscam levar um pouco de cultura e poesia ao Brasil. Uma delas, inspirada em contos do nosso eterno poeta Mário Quintana.
O grupo, que teria tudo para ser um dos grandes sucessos nacionais, obtendo grande espaço na mídia - afinal, cultura é sempre bem vinda -, é uma banda independente. Não se enquadra no cenário musical atual. E como não tem gravadora, não aparece na mídia. A cultura fica renegada, transformando-se num mero instrumento lucrativo.
Mas nós podemos fazer a nossa parte e buscar alternativas. Nesse sentido, a internet é nosso aliado. É incrível a quantidade de coisas que podemos encontrar navegando pelas páginas dos sites. Uma cultura que a mídia não oferece ou parece não estar disposta a difundir. Cabe a nós filtrar o que é bom ou ruim.
Mas nada se compara com o que predomina a mídia atualmente. A primeira década do século XXI está sendo marcada pelo crescimento do funk. As gravadoras lançam a cada dia um novo single. Não pensem que odeio funk. Ao contrário. Curto bastante o estilo. Mas o funk em sua origem, na essência. Não estes que tomam conta das rádios e festas hoje em dia.
Qual a cultura que estes grupos musicais inserem na já caótica sociedade brasileira? Pouco eu diria. A banalização da música é o que faz sucesso. Quanto mais bizarra, melhor.
Semana passada, assisti a um show do Teatro Mágico. Só conhecia a banda de nome. Diziam que era bom, mas nunca cheguei a procurar ouvir. Talvez por desinteresse. Ou quem sabe movido pelo impulso que diz que só o que toca na mídia é bom. Sei lá.
Mas para minha grande surpresa, o Teatro Mágico não é apenas mais uma banda buscando seu espaço. É também cultura. Criada há cinco anos, o grupo é a união da música com a poesia. Sem contar a qualidade musical que une no palco violino, sax, guitarra, baixo e bateria. Em suas canções, letras que buscam levar um pouco de cultura e poesia ao Brasil. Uma delas, inspirada em contos do nosso eterno poeta Mário Quintana.
O grupo, que teria tudo para ser um dos grandes sucessos nacionais, obtendo grande espaço na mídia - afinal, cultura é sempre bem vinda -, é uma banda independente. Não se enquadra no cenário musical atual. E como não tem gravadora, não aparece na mídia. A cultura fica renegada, transformando-se num mero instrumento lucrativo.
Mas nós podemos fazer a nossa parte e buscar alternativas. Nesse sentido, a internet é nosso aliado. É incrível a quantidade de coisas que podemos encontrar navegando pelas páginas dos sites. Uma cultura que a mídia não oferece ou parece não estar disposta a difundir. Cabe a nós filtrar o que é bom ou ruim.
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*Texto publicado na minha coluna de opinião no Portal 3 desta semana.
*Texto publicado na minha coluna de opinião no Portal 3 desta semana.
5 comentários:
Concordo. Nx-zero, Strike, etc.. Olha, até entendo que o público-alvo é a adolescência (e eu já passei dela, sou jovem-adulta), mas cá entre nós, quanta merda.. É só comparar com a década de 80 aqui mesmo, no Brasil. Cazuza, Renato Russo, Gilberto Gil, Caetano, Maria Bethânia, Kid Abelha...A maioria continua na estrada, ainda bem, mas quanto a alguns, resta-nos a lembrança. E a esperança que volte algo melhor pra preencher esse vazio musical.
Um cafezinho quente!
E ae, td bem?
Cara, muito bom seu texto! Há um tempo atrás eu fiz um texto falando dessa cultura de massa que tanto vem nos prejudicando culturalmente falando! Eu gosto do batidão do funk, é ótimo pra dançar, mas as letras me enojam! É difusão de putaria, com o perdão da palavra!
Já ouvi falar mto bem sobre Teatro Mágico, mas ainda naum tive a oportunidade de escutar...
Bom post!
Abs!
eu tentei te dizer isso há muito mais tempo...
"a poesia prevalece"
Pd deixar q vou dar uma olhada...
Vlw por me linkar, vou te linkar tbm!
Abs!
Existe a música e existe a música. Temos aqui em Belo Horizonte músicos de primeira linha e num desempenho espetacular. Mas fora, completamente fora da mídia porque não fazem música de consumo. Aí gravam fora, ou fazem trabalhos independentes e vivem desse jeito. Agora, na mídia, a conversa é outra.
Cadinho RoCo
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