Meu texto de opinião no Portal 3 nesta semana fala sobre um assunto inusitado. Em Porto Alegre, a PM fez o que talvez tenha sido a maior apreensão de drogas do ano em um casebre na Avenida Dique. Um detalhe chama a atenção: o único segurança a guardar os entorpecentes era um pitbull.
Confira o texto na íntegra:
O cão no tráfico
Ao longo dos séculos o mundo moldou-se com embates históricos entre gladiadores, saqueadores, reis e heróis. Vilões foram idolatrados e heróis odiados. Grandes exércitos e verdadeiras fortalezas foram criadas para proteger tesouros e artefatos.
Nascido em 356 a.C. na Macedônia, Alexandre, o Grande talvez tenha sido o mais impiedoso conquistador que a humanidade já conheceu. Era exímio conhecedor da arte da guerra. Chegou cedo ao trono, em 336 a.C., em virtude da morte de seu pai, o Rei Felipe II.
Uma vez rei, Alexandre arquitetou seu ambicioso projeto: a conquista do império persa, a mais assombrosa campanha da antigüidade. Em 332 a.C. fundou Alexandria, cidade que viria a converter-se num dos grandes focos culturais da antigüidade. Em sua época, o Rei da Macedônia criou o Império Macedônico, tendo dominado a Grécia, a Palestina, o Egito, a Pérsia, a Mesopotâmia e a Índia.
Se vivesse nos dias atuais, o grande imperador macedônico não seria rei, mas sim traficante. Alexandre, o Grande coordenaria um cartel de dar inveja à máfia italiana. Criaria um sistema tão elaborado que seu exército não teria homens e cavalos, mas todos os recursos tecnológicos disponíveis nos dias atuais. Teria uma fortuna incalculável, com centenas de mansões em ilhas paradisíacas.
Alexandre organizaria o tráfico de tal forma que, não precisaria nem dos intermediários para entregar a droga. Mas claro, conhecedor da arte da guerra que era, certamente não faria como os traficantes de Porto Alegre, que deixaram um pitbull cuidando de sua mercadoria.
O cão fazia a segurança de um casebre na Avenida Dique, na zona norte da Capital, quando levantou a suspeita dos policiais, que decidiram averiguar o que havia na casa. Lá encontraram 464 quilos de maconha, escondidos em três tonéis e em uma caixa plástica. Além da maconha, separada em 233 tijolos, havia também 300g de cocaína e 73,2 quilos de lidocaína, produto usado para aumentar a quantidade da droga.
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