quarta-feira, 30 de abril de 2008
Criativa ou agressiva?
Todo mundo sabe que a alma da propaganda é a criatividade. Mas ela está limitada a certos formatos, padrões. Conseguir romper estes limites de forma atrativa e agradável é sempre um desafio.
O anúncio do Big tem o logotipo da empresa no topo da página. Logo abaixo, a seguinte frase: Seu mundo está no Big pelo preço mais baixo. Ao invés de textos, o comercial tem uma nota fiscal. Isso mesmo. Uma nota fiscal colada no anúncio. Do lado esquerdo, temos os produtos que o suposto cliente comprou: achocolatado, guaraná, arroz, feijão, margarina, etc. No lado direito da nota, ao invés do preço do produto, o que se vê são frases destacando o baixo preço dos produtos: Só isso? Ta baratinho. Não Acredito. Inacreditável... E por aí vai.
Para a professora de PP e Doutora em Comunicação, Ana Elisabeth Iwancow, o anúncio do Big não tem nada de inovador. “Os recursos de aplique são utilizados há um bom tempo na publicidade. É importante saber a que público é dirigido. Um anúncio deste estilo cai bem para uma revista de outro segmento. Contudo, veiculado na Amanhã, o comercial do Big não é nada descolado. Não surte efeito. É até um tanto agressivo, uma vez que o público alvo da revista é do setor corporativo.”
terça-feira, 29 de abril de 2008
Rádio Rural com nova programação
O 1120 Notícias passa a se chamar Rural 1120 Notícias. Veiculado de segunda à sexta-feira, o programa teve seu horário ampliado, com inserções diárias de um minuto de hora em hora, entre 8h e meia noite. O Rural Cultura é um programa que vai aliar a informação agrícola com a cultura, num formato de entrevistas, com escritores e personalidades em destaque. Já o Rural Dicas, será um programete voltado ao público feminino. Vai contextualizar para o universo feminino os principais acontecimentos do momento.
A coordenadora de jornalismo da Rádio Rural, Rejane Costa, explica que a nova programação visa trazer mais informação ao ouvinte. “Estamos ampliando o espaço para o jornalismo de agronegócio. A idéia é trazer o campo para a cidade e levar a cidade para o campo. Unir com a programação da música regional gaúcha.”
E as novidades não param por aí. A Rural AM também apresenta um novo slogan. Sob o título O sinal verde na sua vida, a nova estratégia publicitária já está sendo veiculada na programação da emissora.
sexta-feira, 25 de abril de 2008
Só um chopinho
Indagado sobre estar com Ferst no Total, Culau foi categórico:
- Estamos só no chopinho.
Culau comentou que o encontro se deu por acaso. Que os dois são amigos de partido (PSDB), desde a época em que o secretário veio de Brasília.
Mas fala sério né! Tem caroço nesse angu. A troco de quê o secretário Culau foi tomar um chopinho no Total com um dos suspeitos da maior fraude da história do Detran? Com certeza não foi um encontro casual. Suas explicações posteriores ao flagra só o complicam ainda mais. Em entrevista ao programa Atualidade hoje pela manhã, disse que tinha conversado por telefone com Ferst, e que o encontro não foi casual. E claro, em momento algum falaram sobre política, o escândalo do Detran. A conversa seria só de amigos.
Claro, não há nada de mais dois amigos tomarem um chope no shopping. O problema é quem são os amigos. É por essas e outras que o país é um exemplo de democracia. Mas que mal há nisso né? Foi só um chopinho!
quinta-feira, 24 de abril de 2008
Parecia o Boca
Com menos de um minuto de jogo, o volante Jonas estava desacordado no gramado. Vítima de um choque com o zagueiro Índio, onde bateu a cabeça no chão, teve que ser substituído. E como dita a lei de Murphy, que se alguma coisa pode dar errado, certamente dará, o que começou ruim, piorou. O Paraná fez 1 a 0 aos 4min da primeira etapa.
A tarefa do Colorado parecia ter se tornado impossível. Ainda mais com o time desfalcado, sem Alex, Guiñazu e tantos outros que estão no departamento médico. Eis que surge Andrezinho. Repatriado após três temporadas na Coréia do Norte, o jogador ainda não tinha encontrado o seu melhor futebol no Inter. E não é que ele finalmente estreou.
O mais curioso do que viria a seguir num Beira Rio lotado é que Andrezinho, antes da partida, deu uma entrevista dizendo que havia sonhado que iria marcar o seu primeiro gol pelo colorado. E mais, que seria de pé direito.
E não é que o sonho se tornou realidade? Aos 5min o jogador abriu o placar. Matou no peito um cruzamento de Bustos e Chutou no canto, sem chances pro goleiro. Adivinha: de pé direito. O que se viu a seguir foi um Internacional heróico. Virou a partida com Índio. Fez 3 a 1 com Andrezinho. Magrão fez o quarto gol. E Fernandão, o gigante capitão colorado, fechou a conta de pênalti: 5 a 1. Um Inter memorável, para uma noite histórica.
O apoio da torcida foi fundamental para a vitória esmagadora. O torcedor lotou o estádio, apoiando o Inter do início ao fim. O Beira Rio parecia a Bombonera, um caldeirão. E o Inter jogou que nem o Boca. O Boca que fizera 3 a 0 no Maracaibo na noite anterior, com mais um show de Riquelme. O Inter não tinha Riquelme, mas teve Andrezinho. Ou seria Andrezão?
terça-feira, 22 de abril de 2008
Leões e cordeiros
O filme pode muito bem ser uma referência para os profissionais da comunicação, pois é abordada a questão ética da notícia. Após ter escrito um artigo que alavancou a carreira do senador Jasper Irving (Tom Cruise), a jornalista Janine Roth (Meryl Streep) é convidada por ele para uma entrevista exclusiva sobre uma operação militar em andamento. O filme segue mesclando a conversa entre os dois com a operação na região do Irã e Iraque. Há ainda uma terceira cena, que segue em paralelo que mostra um diálogo entre um professor universitário e um aluno supostamente desinteressado.
Sobre leões e cordeiros é um thriller sobre os paradigmas da política, as questões éticas e morais da notícia, das operações militares. Tudo tem seu preço. A história americana está cheia de erros que comprovam isso. É uma intrigante abordagem sobre temas tão atuais como Bin Laden e a ética em escrever ou não uma reportagem sobre uma operação no Irã que funciona mais como uma propaganda para o governo americano? É um questionamento interessante.
quarta-feira, 16 de abril de 2008
Você se lembra?
A revista Aplauso do mês de abril traz na capa uma reportagem sobre o enigma Yoñlu. Nela, é contada a história de Vinícius Marques, um compositor talentosíssimo de apenas 16 anos. Seria mais um grande músico a ser inserido no mercado fonográfico nacional, com um belo cd com 23 faixas, que mistura folk, pop, rock, eletrônico e música erudita, não fosse por um pequeno detalhe: Marques suicidou-se em 2006. Mas você lembra dele?
Se não recorda, vamos tentar. Lembra daquele caso de um adolescente que anunciou seu suicídio na internet em 2006? Um garoto classe média que morava na zona norte de Porto Alegre. Pois é. Tratava-se de Vinícius Marques. O mesmo garoto tímido e solitário, que anunciou sua morte pela internet, contou ainda com ajuda de internautas para executar o seu plano.
Tempo depois de seu suicídio, o pai de Marques encontrou no computador do garoto dezenas de composições que misturam melancolia e solidão, de uma experimentabilidade interessante. Levou o material para o compositor Cláudio Levitan, que se surpreendeu com a qualidade do material. Agora, o garoto genial e solitário volta a viver, agora através da música.
No site da Aplauso, na matéria sobre Marques (www.aplauso.com.br/site/portal/template.asp?secao_id=7) há duas músicas que vão estar no cd e que podem ser ouvidas. Eu conferi as faixas. Gostei da sonoridade, apesar de não ter identificado bem a quem compará-las. A música Mecânica Celeste Aplicada foi a que mais me agradou. Tem uma letra interessante. Um pouco depressiva é verdade. Expressa bem o sentimento de Marques, mostrando o quão sólido deveria ser seu mundo. Mas ainda sim, com amor.
Aqui vem meu questionamento: que rumo está tomando esta sociedade globalizada. Um mundo onde tudo está interligado. Onde um jovem com 16 anos vive num quarto cheio de parafernálias tecnológicas. Estaríamos entrando em um mundo onde as pessoas cada vez mais se isolam?
Esta cada vez mais comum ver pessoas trancadas no mundo virtual. Com milhares de amigos. Mas ao mesmo tempo, nenhum. A falta de contato pessoal, do futebol, do passeio no parque, dos aconchegos de um namoro... Para onde isso irá nos levar?
Seja para onde for o que não pode mais acontecer é um garoto que teria tudo para ser um grande talento, suicidar-se. Yoñlu é um exemplo a não ser seguido.
sexta-feira, 11 de abril de 2008
O Começo
É acho que no fundo sempre foi isso. Ter o que escrever! Não creio que seria interessante para quem fosse acessar, ler coisas do tipo “ah! Hoje meu dia foi cheio de afazeres, fui na casa do fulano e do ciclano”. Ou ainda: “Olha que bonito nós la na casa do tio”. Nada contra as pessoas que fazem isso. Mas eu, na minha singularidade, nunca fui muito chegado a estas coisas.
Hoje, acho que finalmente encontrei uma idéia legal que me levou a ter um blog na internet. Creio que hoje já tenho o que escrever. Pois não adianta muito escrever para mim. Acho que tem que ser algo que outros possam ler e que talvez, até gostem.
Então aqui estou eu, publicando o primeiro post de meu blog na internet. Ainda estou fazendo os primeiros ajustes, mas com o tempo e o domínio da ferramenta vou me adaptando.
E como todo bom blog, o meu também deve ter seu nome. Escolhi um peculiar. Algo que está entranhado nas origens do jornalismo e que sem ele, a comunicação nunca teria chegado neste momento onde, estou aqui, sentado à frente de um computador postando meu primeiro post. Ah. Que maravilha ein! Viva a tecnologia. Viva o káGis. Mas terei muito tempo para explicar o significado desta palavra.
Vou encerrando por aqui, na expectativa de que gostem do que vão encontrar nos próximos posts e que o káGis seja um espaço não só meu, mas que você também preste sua opinião, me ajudando também, a aprender a lidar com esta nova ferramenta à minha frente.
Então até mais, neste mundo cheio de cultura, música, política, esporte e tudo mais o que der na telha. Até a próxima.