Vaias para a seleção

Se alguém ainda duvidava de que a última apresentação da Seleção Brasileira era uma resposta às críticas do presidente, não duvida mais. Apático é o mínimo que pode se dizer da atuação do Brasil no empate em 0 a 0 com a Bolívia no Estádio João Havelange ontem. Faltou vontade, transpiração. A raça mostrada no jogo contra o Chile não se repetiu. É bem verdade que a Bolívia veio ao Brasil com um único intuito: não perder o jogo. E assim o fez.

Méritos da Bolívia? Ou falta de vontade do Brasil? As duas coisas. A Bolívia montou um esquema compacto, não dando espaço para o brasileiro ficar muito tempo com a bola. Mas não se esperava outra coisa se não a vitória ontem. Era preciso tocar mais rápido a bola, tabelar, usar o “talento brasileiro”. Mas tava lenta a coisa. Quando a equipe empata jogando bem, criando chances, tudo bem. Mas quantas oportunidades de gol o Brasil criou? Uma, duas, talvez três durante todo o jogo? Nem isso.

As vaias foram justas. O único que parecia tentar alguma coisa era o lateral Juan. De resto, voltou a ser a velha seleção de antes. Com os mesmos problemas. As críticas do tio Lula deveriam entrar na agenda presidencial. Toda vez que o Brasil tiver um jogo da Eliminatória, ele deveria ir à televisão elogiar o Messi, o Riquelme, o Valdívia...

Menos mal que nuestros hermanos só empataram com o Peru.